A nação do "Apenas"

O Rio ganhou o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016 e isso faz com que o Brasil possa competir em todas as modalidade e possivelmente em todas as provas, como aconteceu no Pan de 2007. Ou seja, provas pouquíssimo divulgadas em que o Brasil nunca levou atletas ou há tempo não leva alguém como arremesso de peso, ciclismo BMX, provas de esgrima por equipes, hóquei na grama, saltos ornamentais sincronizado etc etc...


Isso vai fazer com que em 2016, os jornais lotem suas páginas com a desagradável palavra "apenas', mal usada na minha opinião na maioria das vezes. Quantas vezes não vimos seja nos jornais, seja na televisão, seja no rádio, revistas, sites e até mesmo no botton line dos programas esportivos, o resultado de uma prova na Olimpíada da seguinte maneira: John Jones, dos EUA, ficou com ouro, Xin Xuan, da China foi prata e Strikov Sarakov, da Rússia, ficou com o bronze. O brasileiro José Silva ficou APENAS na 21ª posição.


Por que diabos usam essa palavra APENAS?Se vai passar a informação assim seca, sem detalhes de como foi a competição, por que o fulano ganhou, quem passou quem em que ponto da prova, que passe tudo seco, apenas as posições por usar a palavra APENAS. Só para encher linguiça.

Imagina em 2016, quando nossos atletas vão estar participando de todas as provas. Pense no levantamento de peso, na minha opinião o esporte mais carente do Brasil. Teremos o "apenas" em quase todas as categorias. Ouro para o fulano, prata para o beutrano, bronze para o cilano e o brasileiro José Silva foi APENAS o vigésimo nono.

Depois, vou falar para todos os atletas afetados pelo "apenas" para escreverem uma notícia sobre os melhores jornalistas do mundo. Vão escrever que o melhor é o fulano do NY Times, o segundo melhor é o beutrano do The Sun e o brasileiro João Silva, da revista tal, é apenas o 123º.

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