O esporte universitário no Brasil

Quando se pensa em esporte universitário, logo se lembra dos EUA. No modelo esportivo norte-americano o esporte é fundamentado nas universidades. Nos Estados Unidos estas instituições são celeiros formadores de atletas para a maior potência olímpica mundial. Ao ingressarem nas universidades os jovens atletas recebem bolsas integrais de estudo , além disso participam de uma fortíssima liga universitária das principais modalidades olímpicas ; a famosa NCAA. Os atletas universitários tem a sua disposição também , toda lojística necessária para o seu desenvolvimento: dept° médico, fisiologistas, nutricionistas, fisioterapeutas , etc...

Aqui no Brasil, nada disso é feito. Mas sabe-se da importância dos esportes na universidade, como bem disse o Ministro do Esporte, Orlando Silva Jr em entrevista a revista Offline “O esporte universitário é parte de uma estratégia de democratização do acesso ao esporte e lazer como direitos fundamentais dos cidadãos, com foco na juventude. Neste sentido, a garantia do acesso ao esporte deve ser vista como prioritária na universidade. A universidade brasileira pode contribuir efetivamente para o desenvolvimento esportivo brasileiro, seja oportunizando milhares de jovens, seja através de atividades de pesquisa, produção e difusão do conhecimento”

Além da importância social, o esporte nas universidades pode trazer uma melhora excelente no esporte de alto rendimento do país. O problema, é que aqui no Brasil, temos poucos casos de universidades ligadas diretamente ao esporte adulto e profissional. O nosso último exemplo era a Ulbra.A necessidade de reduzir custos fará com que apenas o time de vôlei continue. E, mesmo assim, apenas até maio de 2010, quando os contratos de patrocínio que sustentam a equipe se encerram. As demais modalidades, incluindo o futebol profissional, serão encerradas até julho.

Apesar da existência de um órgão que seria para organizar o esporte universitário brasileiro, a CBDU, quem realmente se mexe é o Ministério do Esporte. A entidade completará 70 anos em 2009 e na terá o que comemorar, mesmo tendo apoio das 27 federações do país. Quem tem as idéias para o esporte universitário é o Ministério
O Ministério do Esporte tem três propostas para mudar esse jogo. 1ª- Implementação do programa Segundo tempo nas universidades 2º- Reforçar a infraestrutura esportiva 3º Valorização dos eventos e jogos universitários.
O programa segundo tempo é um programa do governo federal que atende crianças e adolescentes de 7 a 17 anos, no ensino fundamental. Faz com que fiquem à tarde na escola para prática esportiva. A idéia é implantar isso nas universidades. Segundo Orlando Silva Jr, na mesma entrevista para a revista Offline, o ministério tem mobilizado esforços para apoiar a reforma e construção destes espaços.

Apesar do sucesso do modelo norte-americano, o ministro Orlando Silva não quer fazer exatamente como se faz nos EUA: “ Acredito que o Brasil seja capaz de produzir seu próprio modelo, a partir das especificidades que caracterizam o esporte nacional”

Tudo bem, apoio que não precisamos ser iguais aos americanos. Mas ao menos poderíamos ter um modelo...Esse ano teremos o universidade, competição entre atletas universitários do mundo inteiro. Com certeza, iremos com centenas de atletas, mas poucos, muito poucos com apoio de suas universidades. Eles apenas são alunos no momento, mas treinam e viajam por seus clubes.