Todos os países- Argélia, África do Sul e Angola

A partir de hoje, vou iniciar uma série que pretendo seguir até os Jogos de Londres, falando um pouco da história de todos os países que participam do maior evento poli esportivo do mundo. Uma vez a cada 15 dias. em média, falarei de três nações, com dados baseados no site CIA Fact Books e com histórias olímpicas vividas pelos países.

Para começar, três países africanos: África do Sul, Argélia e Angola.

ÁFRICA DO SUL

Área: 1.219.912 Km²

População: 48.782.756
Média de idade: 24,6 anos

Expectativa de vida: 48 anos

PIB: 282, 6 Bilhões

A África do Sul tem uma história de boicotes nos Jogos Olímpicos. Mas não é ela que quis se ausentar de alguns Jogos Olímpicos, como aconteceu diversas vezes por várias nações. Quem boicotou a África do Sul foi o próprio Comitê Olímpico Internacional, que proibiu que o país participasse do evento em função de regime segregacionista que o país viveu durante o século XX.

De Tóquio, 1964, até Seul 1992 o país esteve ausente de todos os Jogos Olímpicos, causando também um boicote de 32 países africanos aos Jogos de 1972. 26 países africanos além de Iraque e Guiana recusaram-se a participar dos Jogos e se voltaram contra o COI, que não puniu a Nova Zelândia por realizar amistosos contra a África do Sul em excursão do time de rúgbi esporte não-olímpico.

Herança do passado colonial, a África do Sul mantém dois dos seus três esportes mais populares ligados à aristocracia inglesa: o rúgbi e o críquete esportes que foram excluídos dos Jogos Olímpicos. O terceiro esporte é o futebol, que prepara uma seleção nacional para representar bem a sede do Mundial-2010, mas que não se classificou para Pequim-2008.

Desde que voltou aos Jogos, em Barcelona-1992, a natação sul-africana ganhou notoriedade e rendeu bons trunfos ao país. Naquele ano, Penelope Heyns venceu os 100 m e 200 m peito. Já em Atenas, a consagração veio no revezamento 4 x 100 m livre, que desbancou os favoritos Austrália e EUA. O quarteto, formado por Lyndon Ferns, Ryk Neethling, Roland Mark Schoeman e Darian Townsend, levou ouro.

Dona de uma tradição olímpica, a África do Sul foi mal em Pequim. Foi seu pior desempenho em uma edição olímpica, ganhando apenas uma medalha de prata, fato que não ocorria desde as Olimpíadas de Berlim-1936, quando repetiu o mesmo desempenho.

A melhor participação do país na história foi em Estocolmo, ,1912, quando levou quatro ouros e duas pratas, com atletismo e tênis se destacando. Depois que voltou do boicote, o país levou 19 medalhas, mostrando a decadência do país.

ARGÉLIA

Área: 2.381.740 km²

População: 33.769.668

Média de idade: 26 anos
Expectativa de vida: 73 anos
PIB: 131, 6 Bilhões

Nos Jogos de Los Angeles, em 1984, a Argélia conquistava as primeiras medalhas olímpicas: dois bronzes no boxe. Após passar em branco em Seul, Hassiba Boulmerka venceu os 1.500 m de atletismo em Barcelona e garantiu o primeiro ouro para o seu país. O boxe, com Hocine Soltani (pena), ganhou mais um bronze. O desempenho nos Jogos cresceu gradativamente e em Atlanta-1996 vieram outros dois ouros. Noureddine Morceli triunfou mais uma vez os 1.500 m e Soltani, desta vez no peso leve, conquistou sua segunda medalha dourada. O boxe, no peso médio, trouxe mais um bronze.
Mas a maior glória viria quatro anos depois, quando o país registrou seu maior número de pódios: cinco no total. Mais um ouro nos 1.500 m, desta vez com Nuria Benida Merah, uma prata - a primeira da história - nos 5.000 m rasos, e três bronzes: nos 800 m rasos, no salto em altura e na categoria meio-médio ligeiro do boxe, esta a modalidade mais laureada do país. No entanto, esta ascensão argelina foi interrompida em Atenas-2004, quando o país não conquistou nenhuma medalha, o que não ocorria há 16 anos.
Na última edição dos Jogos, em Pequim, o país conquistou duas medalhas no judô. Na categoria até 90 kg, Amar Benikhlef ganhou medalha de prata, enquanto Soraya Haddad, ganhou o bronze na categoria até 52 kg.

ANGOLA

Área: 1,246,700 km²
População: 12,531,357

Média de idade: 18 anos

Expectativa de vida: 37 anos

PIB: 61, 36 Bilhões

O país, de forma diferente dos outros africanos, conseguindo vagas em esportes coletivos, como o handebol feminino, basquete masculino, além do volei de praia. Por isso, foram 64 angolanos para Pequim, uma das maiores delegações do continente, que costuma se destacar em provas individuais.

O handebol feminino está crescendo bastante. No mundial juvenil do ano passado, o time venceu a seleção brasileira e ficou entre as oito melhores, como já havia feito no mundial adulto de 2007, ficando em sétimo. Em Pequim, o time não jogou tão bem e acabou fora das quartas de finais.

O time de basquete masculino não fez feio. Eliminado na primeira fase, o país fez um jogo bonito contra o dream team.

Angola nunca conseguiu uma medalha e parece que não vai conseguir tão cedo pois não tem uma política boa esportiva, não tem times de base nos esportes, excessão feita ao handebol feminino. Porém, para chegar à uma medalha, falta muito para as meninas do handebol.