Para encerrar a série "Países em Londres", vou falar do país que, na teoria, deve ficar com a primeira posição no quadro de medalhas, a China.
O grande segredo da China é na variedade de esportes em que conquista a medalha de ouro. Se nos esportes mais famosos, como atletismo e natação, o sucesso não é tanto, em muitas modalidades eles dominam quase 100% das medalhas, como badminton, tênis de mesa, saltos ornamentais e levantamento de peso. Nessas quatro modalidades, o país quer manter o que fez em Pequim e ganhar praticamente tudo.
Nos esportes coletivos, o país não está tão bem. A melhor das equipes é o vôlei feminino, que até briga pelo pódio, mas já teve melhor. Handebol, polo aquático masculino e o tradicional futebol feminino estão fora da disputa. Talvez por isso a gigantesca queda no número de classificados, de mais de 500 quando atuaram em casa para pouco menos que 400 em Londres.
Liu Xiang que esquecer o que aconteceu na Olimpíada de Pequim, quando era o grande favorito ao ouro nos 110m com barreiras, fez o estádio lotar no dia de sua estreia mas não estava 100% fisicamente. Entrou no estádio, mas não completou a prova. Agora, é um dos favorito ao ouro na prova.
A Olimpíada de Pequim foi um marco na história do esporte chinês. Foram 51 medalhas de ouro, mais de um sexto do total entregue. O primeiro lugar no quadro começou a se construído oito anos antes, em 2000, quando depois da Olimpíada, montou um Projeto chamado "119", que visava a melhora em119 provas nas quais os chineses não obtiveram sucesso em Sydney 2000.
A briga pelo primeiro lugar no quadro será mais do que uma simples disputa entre esportes. É o duelo do esporte universitário, dos EUA, contra o que as crianças fazem, e algumas vezes, são forçados a fazer desde os três anos de idade. É a disputa entre o esporte por dinheiro e o esporte por propaganda.
Não há certo nem errado nessa história. Mas há um melhor e nós vamos descobrir em 17 dias quem é o melhor
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