quinta-feira, 12 de abril de 2012

Rio 2016

Cada atleta que não consegue a classificação olímpica os olhos voltam para 2016. Os tão esperados Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em que os brasileiros estão classificados em todas as modalidades.

Não é bem assim.

Principalmente nos esportes coletivos não é bem assim.

Quando um país sedia os Jogos Olímpicos, tem direito quase que certo de mandar atletas em todas as modalidades. Quando as modalidades são individuais, a vaga é garantida sem problemas, independente do nível dos atletas. Quando são coletivas, existe uma cláusula que diz:
"O time precisa mostrar competitividade e um sólido legado para modalidade no país".

O grande problema é o hóquei na grama. As seleções brasileiras, masculina e feminina, foram criadas para os Jogos Pan-Americanos de 2007 e ainda engatinham mesmo em termos Pan-Americanos. Tanto que as duas seleções não se classificaram para Guadalajara-2011.

De acordo com Dennis Meredith, gerente de competições da entidade, os critérios de classificação não vão ser aprovados pelo Comitê Olímpico Internacional antes de 2014.Ele adianta que, como país-sede, o Brasil não tem vaga garantida nos Jogos do Rio de Janeiro. Ele diz que a política geral é que uma seleção deve atingir um nível mínimo (definido pelo COI e a FIH) para garantir a vaga automática como país-sede.

Vale lembrar que em 2004, a seleção grega não participou do hóquei na grama nem no masculino nem no feminino. E isso pode, e se pensarmos friamente, deve acontecer com o Brasil.
Na ocasião, os gregos tiveram duas chances de se classificar. A primeira pelo torneio pré olímpico da Europa, sem sucesso algum.A segunda, ainda enfrentaram o Canadá em duas partidas e perderam as duas.

Sem o time da casa, o público nos jogos costuma cair, bem como o interesse da imprensa local. Isso é um dos pontos a favor de sempre termos um time da casa nos esportes coletivos.

Acho que para 2016, o único esporte que corre risco é o hóquei na grama. Na minha opinião o masculino vai jogar, o feminino precisa crescer ainda mais.

Quanto aos britânicos, com pouca tradição em esportes coletivos, a discussão apareceu no basquete feminino e no handebol. Depois de pequena polêmica, o Comitê aprovou as seleções.

No polo aquático, houve mais discussão ainda, principalmente no feminino, que tem a participação de apenas oito países. A Grã Bretanha "rouba" vaga de um time fortíssimo, que tem chances de medalha, e vai levar goleada de todo mundo. Aí eu já acho exagero a participação dos donos da casa.

Na minha opinião, os donos da casa deveriam sim participar de todas as modalidades. Mas não necessariamente no masculino e feminino.
Tirando o futebol, tanto masculino como o feminino, e o basquete masculino, que o time é razoável sim, os outros esportes coletivos serão sacos de pancadas.

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