A Paixão húngara

O Brasil perdeu no pré olímpico de handebol para Hungria por 28 a 26 e está fora da Olimpíada de Londres.

O Brasil lutou, mostrou vontade, mas na hora de definir não conseguiu. Desde o quarto minuto de jogo não passou a frente no placar. Se não me engano, a partir do décimo minuto sequer chegou a empatar a partida. Esteve sempre atrás, pouco atrás, mas sempre correndo atrás do prejuízo.

Sempre. Sempre na hora "H" para empatar o jogo o Brasil perdia a chance. Ou o goleiro pegava ou o Brasil errava o passe. Faltando uns quatro minutos, no ataque para empatar o jogo, Bruno Santana, que vinha bem na partida, errou um passe bobo. Muito bobo.

Faltou saber decidir...O Brasil tem poucos jogos que precisa ser decidido no fim. Ou goleia fácil(todos os jogos continentais menos contra a Argentina) ou não tem chances(maioria das partidas em mundiais). No último mundial, o Brasil precisou decidir com Noruega e Japão, perdeu os dois jogos por um gol. Na Olimpíada de Pequim, precisou decidir no fim com Polônia e Espanha, perdeu um por quatro e outro por um gol.

Aqui, a Liga Nacional é sucateada. Poucos times, só do eixo São Paulo-Santa Catarina, sem nenhuma atenção da imprensa. Aliás, a última Liga Nacional NEM OS JOGADORES DA SELEÇÃO participaram. Ficaram concentrados juntos, pois a competição de clubes pouco ajudaria no treinamento para o pré olímpico.

Enquanto isso, na Europa o handebol é paixão.

Na mesma Hungria que o Brasil perdeu hoje no pré olímpico masculino, aconteceu a semifinal DE CLUBES da Champios League feminina. O Gyory, da Hungria, enfrentou o Valcea da Romênia e garantiu vaga na final da competição. A brasileira Duda foi um dos destaques do time.

Ginásio lotado, caras pintadas, bateria tocando.

Lá, o "futebol' deles é o polo aquático. Mas o "vôlei' deles é o handebol.

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