Chover no molhado

Falar de Robert Scheidt e Bruno Prada, desde o ano passado, é chover no molhado. Depois de um 2010 não tão bom, a dupla dominou o ano de 2011 e começou essa temporada da mesma maneira, vencendo tudo.

Terminou hoje o Trofeo Princesa Sofia, etapa da Copa do Mundo de vela, que reuniu todas as principais duplas do mundo na Classe Star.
E mais um título para os brasileiros.

A regularidade deles é incrível. Muitas vezes, não ganham regatas. Mas isso pouco importa, ficam entre os seis ou sete primeiros em praticamente todas as provas, o que é fundamental para vencer um torneio de vela.

Na Espanha, por exemplo, das 11 regatas venceram só uma. Mas ficaram sete entre os sete primeiros. Isso sem contar que o primeiro dia, que a dupla ficou em 14º e 10º, foi usado para testes na nova embarcação.

Os grandes rivais dos brasileiros são os atuais campeões olímpicos, Ian Percy e Andrew Simpson. Na Espanha, lideraram boa parte da competição, mas foram mal na nona e décima regata e entraram na prova da medalha(que vale o dobro da pontuação) atrás dos brasileiros.

A sequência de títulos internacionais é impressionante. Ano passaram, venceram as três últimas etapas que disputaram da Copa do Mundo, inclusive o evento teste de Londres, na mesma raia e com as mesmas condições de tempo que veremos na Olimpíada. Em dezembro, foram campeões mundiais. Esse ano, já venceram a etapa de Miami e da Espanha da Copa.

Estão praticamente imbatíveis.

Há um ano não perdem uma grande competição internacional. A última "derrota' foi a oitava posição no mesmo Trofeo Princesa Sofia, ano passado.

Se Robert Scheidt chegar ao título olímpico, se tornará o primeiro brasileiro com três ouros. De quebra, se juntará a Torben Grael no hall dos únicos atletas do país com cinco medalhas olímpicas.

Não é Cielo, não é vôlei de praia muito menos o vôlei de quadra. O maior brasileiro favorito ao ouro em Londres é a dupla Bruno Prada/Robert Scheidt.

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