Judô

Terminou mais um Grand Slam, o último que vale pontos para o ranking de classificação olímpica. Em Paris, o Brasil terminou com três medalhas, uma de ouro e duas pratas, com uma equipe reduzida, sem os medalhistas nos último mundial Rafaela Silva e Leandro Guilheiro.

O ciclo olímpico está chegando ao fim, a Olimpíada está aí. E o que se viu nesses anos é que só uma fatalidade tira a medalha de três judocas brasileiros: Leandro Guilheiro, Sarah Menezes e Mayra Aguiar. Os três ganharam medalhas nos dois últimos mundiais e estão no pódio de praticamente todas as grandes competições que participam, como Grand Slams e Master.

Além dessas três medalhas, o Brasil tem totais condições de subir ao pódio em outras categorias.
Leandro Cunha ganhou medalhas nos dois últimos mundiais, mas nunca subiu ao pódio em Grand Slams ou Masters, falta uma regularidade. Aos 31 anos, é o mais velho entre os titulares e passou por uma cirurgia recentemente.

Rafael Silva é o contrário de Leandro. Ainda não subiu ao pódio em Campeonatos Mundiais mas brilha no Circuito Mundial, esse ano foi campeão do Masters e foi prata no Grand Slam de Paris hoje.
Sua quase xará,Rafaela Silva, é atual vice campeã mundial conquistou o bronze no último Masters, mas não é tão regular nos pódios da categoria 57kg.
A categoria até 90kg, de Tiago Camilo e Hugo Pessanha, não ganhou nenhuma medalha nos últimos dois mundiais. É claro que o Brasil será representado bem independente de quem for nosso representante, mas tem que abrir o olho, se não essa medalha esperada não vem.

Erika Miranda e Maria Suelen revezam atuações muito boas com derrotas em primeiras rodadas. Se tiverem em seus dias em Londres, brigam forte pelo pódio. Podem ser a surpresa boa do Brasil na Olimpíada, como foi Ketleyn há quatro anos.
Felipe Kitadai e Bruno Mendonça são as zebras da delegação brasileira. Com poucos resultados relevantes internacionalmente, Felipe foi 9º no mundial e Bruno já foi bronze em um Grand Slam, se a medalha vier será uma grata surpresa.
Mariana Silva e Maria Portela ainda não estão 100% garantidas, precisam de alguns pontos para conseguir a vaga.

Por fim, Luciano Correa, que já foi campeão mundial e começou muito bem esse ciclo olímpico, está em decadência, não consegue um grande resultado desde o Grand Slam de Moscou de 2010,quando foi campeão. Ele ainda briga com Leo Leite, mas acho que vai acabar ficando com a vaga.

Vale lembrar que os dois primeiros colocados do ranking mundial serão cabeças de chave e só se enfrentam num hipotética final em Londres. Do terceiro ao oitavo colocados só se enfrentam a partir das quartas-de-final, mas pode ter o terceiro, quarto e quinto do mesmo lado da chave. Depende do sorteio.

O novo ranking mundial deve ser divulgado amanhã. E pela primeira vez o Brasil aparecerá com líderes na classificação, já que Mayra deve assumir a ponto até 78kg e Leandro até 81kg. Sarah seguirá em terceiro(duas japonesas a sua frente) e cada vez mais perto de ser cabeça de chave.

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