sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Taekwondo


No Pré Olímpico das Américas, realizado em novembro no México, o Brasil conseguiu a vaga olímpica com Natalia Falavigna, que irá a sua terceira Olimpíada. Diogo Silva já havia conquistado a vaga, pelo pré olímpico mundial em junho. Marcio Wenceslau ficou em quarto na competição que dava três vagas e ficou fora do que seria sua segunda Olimpíada.

A matéria do Lance! de hoje mostra que a Confederação Brasileira entrou com um pedido de vaga olímpica para Marcio junto com a Federação Internacional.
Porém, acho muito difícil essa vaga vir pois os wild cards geralmente são dados a países de pouca expressão no esporte, que não vão brigar por medalhas.

Por exemplo, na última Olimpíada um atleta de Aruba, e outras do Emirados Árabes e do Niger foram contemplados com esse convite. O quarto convite foi para um atleta do Afeganistão, país que por incrível que pareça tem mais tradição na modalidade. Por sinal, ele era atual vice campeão da modalidade.

Talvez isso dê alguma esperança ao brasileiro, que é quinto do ranking mundial e está entre os melhores do mundo há pelo menos quatro anos. Outro lado que torna essa vaga um pouco possível é que na última Olimpíada a atleta de Niger sequer entrou para lutar, protagonizando um w.o contra a brasileira Debora Nunes na primeira rodada.

A luta no pré olímpico das Américas foi conturbada. Brigando pela terceira vaga olímpica da categoria estavam Marcio e o vice campeão mundial e ídolo local Damian Villa. A luta foi no México, que é um país com muito mais força política que o Brasil na modalidade. Segundo Marcio e vários sites especializados, inclusive internacionais, o último golpe do mexicano, a segundos do fim quando o brasileiro vencia a luta, não pegou, passou longe disso, e foi computado, dando a vitória ao dono da casa.
Infelizmente, a luta que era para ter ganho não era essa e sim a semifinal contra um colombiano com menos tradição e técnica.Era bom, mas Marcio é muito melhor...

Porém, o Brasil não tem força política, apesar de bons resultados recentes. Marcio, apesar de um ótimo lutador, nunca conquistou um título de peso, seu melhor resultado foi um vice campeonato no mundial de 2005, há sete anos.

Acho difícil a Federação Internacional trocar um wild card para países pequenos de regiões em que o taekwondo não tem a mínima tradição por um convite a um atleta brasileiro.

Tem também o fato de o ComitÊ Olímpico Brasileiro não aceitar vaga olímpica por convite. Lembro da confusão que foi dois atiradores brasileiros em 2000, que no fim de tudo não conseguiu autorização do COB para disputar a competição.

Muita água vai rolar e acho importante a Confederação tentar alguma coisa. Mas as chances são mínimas, mínimas...

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