domingo, 22 de janeiro de 2012

4x100m masculino de atletismo


O revezamento 4x100m feminino está sendo falado bastante na mídia, muitos dizem que temos chances de medalha em Londres, no Pan tivemos atletas com ouro nos 100m e 200m, o recorde sul-americano foi quebrado três vezes em 2011. Tudo certo, tudo correto. As chances de medalha existem, o Brasil está no bolo e tal.

Mas hoje vou falar de uma chance de medalha que eu acho mais concreta. O 4x100m masculino. Ninguém tá nem aí para eles, o ciclo olímpico foi conturbado, tivemos dopings, o Jayme Netto está na mídia até hoje por causa disso. Mas poucos falam de como o Brasil está bem nessa prova que somos tão tradicionais. Para alguns especialistas, o Brasil não pega nem final olímpica, mas isso é injusto, não se pode afirmar. O Brasil tem chances sim de brigar por uma medalha.

O tempo que o Brasil conquistou a medalha de ouro no Pan foi bom. Os 38s18 deixaram o Brasil em quarto lugar no ranking mundial, atrás apenas de Jamaica,EUA e Trinidad Tobago. Essa marca, conquistada por Ailson Feitosa, Bruno Lins, Sandro Viana e Nilson André, seria prata no mundial disputado meses antes.

E a prova do Pan não foi perfeita, um errinho de passagem tirou um possível recorde sul-americano, que dura desde 2000, que é de 37s90. Na passagem de Nilson André para Bruno Lins, um pequeno erro, Nilson não esticou o braço.

No mundial, a equipe vinha bem, liderando a bateria, até Nilson André trombar com um atleta de Portugal que invadiu a raia brasileira. Segundo os próprios atletas, iriam correr para 37s, o que garantiria com tranquilidade uma vaga na final. O time foi desclassificado.

Bruno Lins voltou muito bem depois do escândalo do doping de 2009. E vai poder correr em Londres, já que o COI "revogou" a lei que dizia que atletas que foram pegos no doping e punidos por mais de seis meses durante o ciclo olímpico não poderiam disputar a Olimpíada.
Sandro Viana é o mais experiente da equipe e participou do time que ficou em quarto na Olimpíada passada, de Pequim. Ailson Feitosa é a nova geração e Nilson André foi, em 2010, o mais rápido do Brasil.

E legal ver também o desempenho individual dos atletas. Claro que nenhum deles vai brigar pelo pódio nos 100m rasos, mas o Brasil teve três atletas correndo abaixo dos 10s25 em 2011, contra só um em 2010.

O revezamento é uma prova totalmente aberta, algumas seleções deixam bastão cair, foi o que aconteceu na última Olimpíada e no mundial.
Brasil não chega como favorito a Londres, mas entra no "bolo". Claro que EUA e Jamaica estão muito a frente, em condições normais é impossível batê-los, mas no último mundial os americanos nem terminaram a prova. A prata foi para França e o bronze para São Cristovão e Nevis, países que o Brasil tem TOTAIS condições de vencer.

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