Será a terceira Olimpíada de Ligia no
tênis de mesa. Em Sydney 2000, venceu um set em duas partidas e foi eliminada na
primeira fase. Em Atenas 2004, perdeu na estreia de simples e duplas. Depois da
ausencia em Pequim, volta a uma Olimpíada com a expectativa melhor: " Ganhar
dois, três, quatro jogos e ir avançando" comentou a mesa-tenista, que vai
disputar o individual e equipes.
Até a Olimpíada, amozanense treina em São
Paulo com o restante da seleção em São Paulo e dia 16 vai para França, para um
aclimatação. " A preparação é a melhor que eu já fiz para uma Olimpíada,
treinando forte desde o dia 4 de janeiro." comentou a atleta, que sabe da
possiblidade muito pequena de pódio "Medalha é quase impossível, as chinesas
estão muito acima".
Aos 31 anos, o foco nesse fim de
preparação está no físico e no posicionamento: "Claro que eu continuo treinando
a técnica, mas quero e tenho que melhorar o posicionamento de pernas e a
movimentação do quadril".
Quanto a competição por equipes, Ligia
estará ao lado de Carolina Kumahara, de 16 anos, e Gui Lin, a chinesa
naturalizada brasileira, de 18 anos: "Não existe inexperiência, elas já viajaram
o mundo inteiro, disputaram diversas competições. A diferença está na idade não
nas viagens" conta ela, que assim como dará conselhos as mais novas, espera
palavras do veterano Hugo: "Ele está indo para a sexta Olimpíada, então vou
conversar bastante com ele".
Atualmente, Ligia está na 219ª posição mas
até mês passado estava entre as 200 melhores do mundo, em 196º. No Campeonato
Latino-Americano desse ano ficou com o vicecampeonato, depois de ter conseguido
a vaga olímpica pelo pré olímpico continental dias antes. No mundial do ano
passado, Ligia passou pelo qualificatório mais caiu na primeira fase.
Na Olimpíada, Ligia estreará na primeira
fase, já que não está entre as 32 primeiras do ranking mundial. O primeiro jogo,
portanto, será contra uma atleta de ranking não tão bom, mas ainda assim
provavelmente enfrentará alguém na teoria melhor que ela. Ganhar o primeiro jogo
será muito importante, mas se pegar logo de cara uma atleta top-50 fica difícil.
Por equipes, ao lado de Gui Lin e Caroline, o confronto também é eliminatório e
o Brasil tem o pior ranking entre os classificados, deve pegar na estreia um
time forte. No mundial por equipes, a seleção está na segunda divisão, fora das
24 melhores do mundo.
A
série Passaporte
Carimbado falará das chances de cada um dos atletas
brasileiros que vão a Londres. Objetivo é entrevistar TODOS que vão em esportes
individuais e uma boa parte dos que vão em coletivos
Siga o blog no twitter: @brasilemlondres
Nenhum comentário:
Postar um comentário