sábado, 24 de dezembro de 2011

Retrospectiva Ginástica


A ginástica brasileira teve um ano bom, principalmente na artística masculina. Um mundial com duas medalhas e um Pan com três ouros, um deles o inédito título por equipes. A equipe feminina segue irregular, mas ainda com chances de ir a Londres e com Jade entre as melhores do mundo no salto. A ritmica fez o caminho contrário, não tem mais nenhuma chance de ir a Londres, mas fez um Pan quase perfeito com sete medalhas, três ouros. No trampolim, temos uma atleta no pré olímpico, num ano de boas conquistas para modalidade.

DIEGO HYPOLITO
O ano da redenção. Depois de um ciclo olímpico conturbado, com contusões, ausencias de mundiais e poucas glorias, 2011 foi excelente para o ginasta. Foi bronze no mundial, com uma nota um pouco estranha, merecia ao menos uns dois décimos a mais. Semanas depois, foi ao Pan e levou três ouros. Ganhou ainda medalhas em Copas do Mundo, o ouro em Ghent veio com a espetacular nota de 15,950 e sonha, em Londres, com uma medalha no solo e, se dificultar um pouco seus saltos, pode sonhar no salto sobre a mesa com alguma coisa. No fim do ano, sentiu uma lesão no ombro e não disputará, em janeiro, o pré olímpico por equipes. No individual, já está classificado para a Olimpíada.

ARTHUR ZANETTI
A grande confirmação do ano. Depois de um 2009 espetacular, em que foi quarto nas argolas do mundial, teve um 2010 recheado de lesões e ficou de fora do mundial. 2011 conseguiu excelentes notas em diversas Copas do Mundo, foi ouro no Universíade e prata no mundial. No Pan, ficou com a medalha de prata na argola e ouro por equipes. Chegará em Londres com certeza como um dos candidatos ao pódio.

EQUIPE MASCULINA
Antes o patinho feio da modalidade, a ginástica masculina está forte. No mundial, ficou em 13º e garantiu vaga no pré olímpico mundial, que será em janeiro, sem contar com Victor Rosa, um dos melhores brasileiros no individual geral. No pré olímpico, o time terá de ficar entre os quatro primeiros, algo que dá para fazer, mas ficou mais difícil após a contusão de Diego Hypolito. No Pan, a equipe mostrou a força ao conquistar o ouro. Sergio Sazaki pode ser o grande trunfo da equipe, já que recuperado da lesão poderá ter notas muito boas em busca do sonho olímpico.
A seleção já está na Europa treinando para o evento.

JADE
Pelo segundo ciclo olímpico seguido, Jade Barbosa é o grande nome da ginástica brasileira. Depois de um 2009 se recuperando de lesão, conseguiu em 2010 o pódio no salto no mundial. Em 2011, ficou novamente entre as melhores, ficou em quarto no salto, após uma pequena torção no tornozelo em sua segunda apresentação. Ficou de fora do Pan, mas pelo pré olímpico que será disputado já em janeiro, em que a equipe terá de ficar entre as quatro primeiras.

EQUIPE DECEPCIONA
A seleção brasileira ficou em 14º no mundial, se classificou para o pré olímpico por equipes. Foi um mundial ruim, com poucas quedas mas um baixíssimo grau de dificuldade nas apresentações. A seleção está no bolo pela conquista da vaga, que promete ser bastante equilibrada. Daniele Hypolito foi o destaque do mundial, ficando em 13º no individual geral, garantindo assim uma vaga para o Brasil em Londres.

PAN TRISTE
Depois do mundial, veio o Pan e o resultado foi horrível. Sem Jade, o time ficou em quinto por equipes, fora do pódio pela primeira vez desde 1995. A desunião foi o marco do time, que brigou via imprensa, numa prova que a equipe está rachada.
De positivo no Pan, Daniele Hypolito, que levou duas medalhas individuais e, na sua quarta participação no evento, chegou a nove medalhas.

HEGEMONIA MANTIDA NO SUL-AMERICANO
Aconteceu no Chile, o Sul-Americano de ginástica. No masculino, o Brasil foi com uma equipe quase completa, com ausência de Vitor Rosa e Arthur Zanetti, mas com a presença dos medalhões Diego Hypolito e Mosiah Rodrigues. O Brasil venceu por equipes com uma boa pontuação, 347,150.
No feminino, sem Danielle nem Jade, a seleção também foi ouro, mas num placar apertado contra a Argentina. No indivudual, o grande destaque foi a ginasta Adrian Gomes, campeã por equipes, individual geral,na trave e no salto. No masculino, Pericles foi bronze no individual geral, em que Diego Hypolito foi muito bem, terminou em quarto com 86 pontos. Diego, entretanto, foi prata em suas duas principais provas, solo e salto, perdendo o ouro para o ídolo local, Tomas Gonzales.

CAMPEONATO BRASILEIRO
No feminino, Danielle Hypólito venceu o individual geral com 56,950, com destaque para os 15,200 na trave, mesmo com os alguns errinhos. Jade foi ouro no solo e no salto. Nas assimétricas, melhor nota para Bruna Leal, 14,200, de volta aos bons resultados.No masculino, Diego Hopólito saiu fulo da vida com as notas que recebeu dos juízes. No solo, teve 15,000, abaixo do que queria que era 15,900, e no salto não chegou aos 16 pontos. Grande destaque foi Arthur Zanetti, nas argolas, com 15,775.Caio Costa levou as paralelas, Mosiah levou ouro no cavalo e Francisco Barreto no cavalo.

GR FORA DE LONDRES
O Brasil fechou em 22º no mundial que reuniu 24 equipes, atrás de EUA e Canadá e ficou sem a vaga olímpica pela primeira vez desde 1996. A chance real do Brasil conquistar a vaga seria ser a melhor equipe das Américas, mas Canadá e EUA ficaram a frente do Brasil, em 17º e 20º lugar respectivamente.Já era esperada a não classificação do Brasil. A equipe está passando por uma renovação e não está bem desde Pequim, quando a apresentação foi ruim e o Brasil ficou em último. No Mundial do ano passado, o time tinha ficado em 26º e só se classificou para o mundial desse ano(eram 24 vagas) porque a Coreia do Norte e a Georgia desistiram do mundial dese ano.As brasileiras tiveram muitos erros nas duas apresentações, uma das fitas arrebentou na primeira e na segunda a bola escapou da mão de uma das atletas.
Foi a primeira grande competição da equipe com a nova técnica, a ex-atleta Camila Ferezin.

TRÊS OUROS NO PAN
Semanas depois do Mundial, veio o Pan e as adversárias eram as mesmas, as canadenses e americanas. Mas, dessa vez, o Brasil se deu melhor e levou três medalhas de ouro.
Mais importante do que os três ouros, que repetiu os resultados de 200 e 2007, foram as medalhas no individual, com Angélica. Levou quatro medalhas, uma prata e três bronzes e saiu do México como a mulher mais laureada da delegação brasileira.
Angelica, entretanto, também não tem mais chances de ir a Londres.

COPAS DO MUNDO
A seleção também esteve em etapas da Copa do Mundo, antes do mundial. O conjunto, formado porLuísa Matsuo,Maria Carolina Ricardo, Jéssica Maier, Débora Falda, Bianca Mendonça e Pâmela Oliveira, ficou em 11º lugar na soma das duas apresentações entre 14 equipes na Copa de Portimão. Ficou a frente de EUA,Áustria e França, seleções que tinham ficado bem a frente do Brasil no último mundial.Na Copa do Mundo de Kiev o time ficou em sexto entre nove equipes.

TRAMPOLIM GANHA PRATA NO PAN
Rafael Andrade conquistou a medalha de prata em Guadalajara, a mesma que lhe escapou há quatro anos, no Rio, quando ele sofreu uma queda. Giovanna Bastos ficou na quarta posição, a poucos décimos do pódio. Ramirez Pala sofreu uma queda forte e foi direto para o hospital, era um dos favoritos ao pódio.

GIOVANNA NO PRÉ OLÍMPICO
No Mundial da modalidade, disputado na Inglaterra, os brasileiros não conseguiram resultados tão bons. No masculino, Ramirez Pala foi 30º colocado, teve uma primeira apresentação muito ruim,mas uma segunda melhor. Ele, ficou em 25º se tirarmos os países que tiveram mais de dois atletas a frente dele, o que o deixa como primeiro reserva do pré olímpico de janeiro.Mais sorte teve Giovanna, que ficou em 26º e conseguiu a vaga para o evento que dá mais cinco vagas.

MEDALHA INÉDITA
Giovanna Bastos garantiu um resultado histórico para o Brasil ao conquistar a medalha de bronze na Copa do Mundo do Japão. Tudo bem, apenas sete países participaram da competição, mas os melhores do mundo, canadenses e japonesas, estavam lá. Ela se classificou para final com a oitava nota e conseguiu uma apresentação melhor na final, ficando na terceira posição. Ramires Pala ficou em sexto entre os homens.

RUMO A LONDRES
O Brasil já tem duas vagas no masculino, com Diego e Arthur, e uma no feminino, ainda sem nome definido. No pré olímpico de janeiro, em Londres, o objetivo é conquistar a vaga para equipe completa tanto no masculino como no feminino. O mesmo evento terá o pré olímpico de ginástica ritmica, sem Brasil, e de trampolim, com Giovanna Bastos.

O QUE ESPERAR DE LONDRES
Sinceramente, espero ao menos uma medalha do Brasil. O país chega com três concorrentes fortes ao pódio, Jade no salto, Diego no solo e Arthur nas argolas. Confio também na classificação, ainda que muito difícil, da equipe completa masculina e feminina.


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