Depois de duas semanas, o mundial de vela chega em sua reta final, faltando apenas algumas Regatas da Medalha a serem disputadas. Vou falar hoje da participação do Brasil e na segunda-feira faço um especial sobre os campeões de cada uma das classes.
O Brasil fez seu papel. Conquistou vaga olímpica em sete das 10 classes. Eu esperava um pouco mais, pelo menos oito vagas, mas a classe 49er teve tantos problemas que não completou três das primeiras seis regatas,o que tirou qualquer possibilidade
Também esperava um pouco mais quanto ao número de Regatas da Medalha,aquela que reune só os dez primeiros no geral.OBrasil participou de só duas, com Robert e Bruno(que foram campeões) e com Martine e Isabel, que disputam a regata amanhã, após a oitava posição no geral. Podem subir um pouco ainda.
Achei que Bruno Fontes, que fechou em 15º, e principalmente Patricia Freitas, que ficou em 29º, pudessem fazer um resultado um pouco melhor, entre os 10 primeiros. Bimba ficou em 11º, a apenas quatro pontos da classificação para última regata
Os ventos da Austrália são confusos e não agradam a maioria dos velejadores brasileiros, que tiveram dificuldades, principalmente nas primeiras regatas
Robert Scheidt e Bruno Prada foram campeões mundiais depois de um início irregular, em nono no primeiro dia e quarto no segundo. A liderança veio depois que os britânicos, atuais campeões mundiais, abandonaram a competição devido a contusão de um deles. Sem os britânicos no caminho, o título ficou aberto para os brasileiros, que chegaram a última regata 18 pontos a frente dos americanos
Mais um titulo com folgas na temporada perfeita dos brasileiros. Venceram o evento teste de Londres e o Mundial, além de outras cinco competições internacionais. Em Londres, farão frente aos britânicos. Será uma briga boa mas, depois de 2011, acho que os brasileiros chegam como favoritos.
Martine Grael e Isabel Swan foram bem, chegaram entre as 10 primeiras. Lembrando que a Regata da Medalha acontece nessa madrugada e elas podem subir para sexto e até quinto. Agora estão em oitavo.
Começaram bem, tiveram um meio de competição um pouco irregular, mas terminaram com uma vitória e um segundo lugar, o que mostra o que podem fazer em Londres
Ainda tem a briga interna com Ana Luiza e Fernanda Oliveira, que terminaram em 26º, mas em algumas competições durante o ano foram melhores.
Jorge Zarif, na classe finn, é um dos caçulas da delegação mas também garantu vaga para o Brasil. Foi regular, esteve sempre entre os 30, 35, terminou em 32º e deixou o Brasil com uma das 17 vagas em jogo da classe no mundial.
A classe Match Race não conseguiu a vaga,mas mostrou uma ótima evolução, chegou a ganhar algumas regatas da tripulação britânicas. Eram só oito vagas em jogo, e a tripulação de Renata terminou em 17º e da Juliana em 20º.
No Mundial do ano que vem, serão outras três vagas em jogo e o Brasil estará na briga.
Na classe laser radial, eu não apostava na vaga da Adriana Kostiw, mas ainda bem ela veio. Eram quase 40 vagas em jogo, mas no último ciclo olímpico Adriana não conseguiu a vaga, dessa vez ela veio já na primeira seletiva.
As chances da classe 470 masculina, 49er e Match Race são nos mundiais de 2012, em que cada classe terá uma data e um local. 75% das vagas foram destribuídas na Austrália e os outros 25% em 2012. Dá para levar uma equipe completa, mas acho muito complicado a Match Race se classificar, pois são só três vagas. Mas acho que a 470 e a 49er vão aos Jogos
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