Esgrima e tiro com arco

Duas modalidades de pouca divulgação no Brasil tem, nesse fim-de-semana, o pré olímpico continental. Tiro com arco e esgrima.

Nos dois esportes, o pré olímpico das Américas está esvaziado, sem a presença dos atletas que já conseguiram vaga pelo ranking mundial(caso da esgrima) e pelo campeonato mundial(tiro com arco). Em ambos os casos, as equipes não tem mais chances de classificação, com o Brasil podendo apenas conquistar vaga no individual.

No tiro com arco, a maior chance é com Daniel Xavier. 44º no mundial do ano passado e quinto no Pan, perdendo nos detalhes para um mexicano nas quartas-de-final, Daniel tem o caminho relativamente livre na competição.Isso porque EUA e México garantiram vaga para equipe completa pelo mundial e não participam do pré olímpico enquanto o Canadá assegurou uma vaga para Londres e também não está em Medellin.

Nessas condições, Daniel Xavier é até favorito a vaga olímpica. Cubanos e venezuelanos são os outros países fortes. Lembrando que cada país tem direito a levar três atletas para o pré olímpico mas apenas um deles pode garantir vaga. Os outros dois atletas do Brasil são Bernardo Oliveira, grande nome do Brasil nos Jogos Sul-Americanos de 2010 quando levou uma penca de medalhas, e Luiz Gustavo, único representante brasileiro em Pequim.

No feminino, as chances são bem menores. Apenas Chile e EUA já tem vagas garantidas na Olimpíada e o Brasil também vai com três atletas: Sarah Nikitin, Anne Marcelle e Monique Evellin. É muita gente com mais chances de vaga que o Brasil.

Na esgrima, o pré olímpico dá duas vagas para o sabre feminino e a espada masculina. No florete, masculino e feminino, no sabre masculino e espada feminina apenas uma vaga em jogo.

Tais Rochel é a grande esperança brasileira, no florete feminino. Se levarmos em conta o ranking mundial, ela é a melhor colocada entre todas as participantes. Lembrando que Tais era uma das possíveis medalhistas brasileiras no Pan de Guadalajara mas, semanas antes, foi pega no doping e não participou da competição.
Suas principais rivais serão a argentina Flavia Mormandi, a mexicana Nataly Michel, a chilena Barbara Azua e a venezuelana Johana Choles.

Guilherme Toldo, bronze no Pan de Guadalajara tanto no individual como por equipes,é a chance do Brasil no florete. O jovem atleta tem o argentino Felipe Saucedo como principal rival.

Na espada, tanto masculina como feminina, as chances estão mais remotas. Athos Scwantes e Rayssa Costa. Athos tem como principal rival um canadense que está entre os 35 melhores do mundo enquanto Rayssa tem diversas atletas melhores colocadas no ranking mundial e nas últimas competições continentais que ela. No último Pan da modalidade(não o de Guadalajara, o que valeu pontos para o ranking mundial ano passado), Athos ficou em 14º e Rayssa nem disputou o individual.

Por fim, Karina Lakerbai no sabre feminino, que dá duas vagas. Acho uma belíssima chance de vaga. Ela foi a melhor brasileira no último mundial, ficou em 23º. Mas tem fortes adversárias, como a panamenha Eileen Grench e a venezuelana Alejandra Benitez.

Acho que o Brasil leva uma vaga olímpica, pelo menos. Se conseguir duas será excelente! Três já é praticamente utopia.

Amanhã tem a série "Passaporte carimbado" com Renzo Agresta, único esgrimista brasileiro já garantido em Londres.

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