Retrospectiva esgrima

Um ano regular da esgrima brasileira, nem lá nem cá. Um Pan com três medalhas de bronze, igual a 2007, resultados apenas regulares em Copas do Mundo, um mundial com apenas um atleta entre os 30 melhores e a expectativa de classificar dois ou até três atletas para Londres. Está tudo muito igual há quatro anos.

PAN BRONZEADO
O Pan começou com um susto. Thais Rochel foi pega no exame antidoping e não participou do Pan, o que dificultou a vida do florete feminino, que era favorito ao pódio. Nosso único pódio individual foi Guilherme Toldo, bronze no sabre depois de vencer um dos favoritos nas oitavas-de-final. Por equipes, o sabre masculino conseguiu o bronze histórico contra a Venezuela e o florete masculino caiu na semi diante do Canadá, no confronto mais esperado dos Jogos, e ganhou o bronze em cima do México e da torcida mexicana. Uma quarta medalha poderia vir com Renzo Agresta que passou bem da primeira fase e das oitavas, mas caiu nas quartas no sabre individual.

KARINA FOI A DESTAQUE DO MUNDIAL
O Brasil levou uma equipe completa ao mundial em todas as armas no masculino e feminino. O melhor resultado veio no sabre, com Karina Lakerbai, que ficou em 24º, indo a segunda rodada dos playoffs e caindo somente diante da campeã olímpica.
Espada feminino, Amanda Simeao foi a melhor, única nos playoffs, entre as 64 melhores. No masculino, nenhum atleta entre os 64 melhores. No florete masculino, apesar do bom resultado por equipes(ler abaixo), nenhum atleta foi aos playoffs na fase de 64. No feminino, Tais Rochel chegou a fase dos playoffs,depois de terminar muito bem a primeira fase. No sabre masculino, Renzo caiu na primeira fase dos playoffs depois de uma boa primeira fase.
Por equipes, apenas o florete masculino e feminino ficaram entre os 16 melhores. O masculino em 14º e o feminino em 16º, depois de vencer Cingapura nas eliminatórias.

EQUIPE DO FLORETE
A seleção brasileira de florete masculino é a única que alimenta chances de ir a Londres de forma completa, para competição por equipes. No mundial, o Brasil ficou em 14º, com uma vitória histórica sobre o Canadá, que rendeu a vaga nas oitavas-de-final. Agora, a seleção está em 16º no ranking e torce para os EUA, que estão em sétimo, fiquem entre os quatro primeiros, assim abiria uma vaga para o continente.

SUL-AMERICANO ESVAZIADO
O Sul-Americano de esgrima foi disputado sem grandes estrelas. Colombianos e venezuelanos não levaram atletas e o Brasil esntrou na disputa sem Renzo Agresta. Foram duas medalhas de ouro para o Brasil.No florte feminino, Thais Rochel foi campeã e Bia Bulcão levou bronze. No masculino, o jovem Guilherme Toldo foi prata, assim como Karia Lakerbai no sabre feminino. No sabre masculino, sem nosso melhor atleta, Renzo Agresta, Brasil ficou fora do pódio, assim como na espada feminina. Na espada masculina, ouro para Athos Scwantes.

PAN DE ESGRIMA
A seleção brasileira de esgrima conquistou três medalhas de bronze no Pan-Americano da modalidade, disputado nos EUA antes dos Jogos Pan-Americanos e valendo pontos para o ranking mundial.
Renzo Agresta provou mais uma vez sua força e ficou com o bronze no sabre individual, conquistando pontos importantes para o ranking mundial.A equipe do florete masculino ficou com o bronze. A briga seria diretamente com o Canadá pela prata, mas a equipe não jogou tão bem na semifinal e perdeu por 45 a 29
.O outro bronze do Brasil veio com o time de florete feminino, que conseguiu o ótimo resultado vencendo a Venezuela na disputa da medalha.Nas outras provas, legal a quinta posição de João Souza e Heitor Shimbo no florete individual, mostrando a força do país na arma.

COPA DO MUNDO NO RIO
O Rio de Janeiro sediou a Copa do Mundo de esgrima espada feminina, envolvendo os principais nomes do mundo na modalidade. Foi a primeira competição que valeu pontos para o ranking de classificação olímpica. No individual, as brasileiras não chegaram ao "mata-mata', com Cleia Guilhon sendo a melhor brasileira, em 111º. Por equipes, o Brasil terminou em 20º entre as 22 equipes.

BRASILEIROS PELA EUROPA
2011 foi um ano em que muitos brasileiros disputaram diversas etapas da Copa do Mundo espalhadas pela Europa, conseguindo assim pontos preciosos em busca da vaga olímpica pela ranking mundial.
Ao fim do ano, Renzo Agresta estaria classificado para Londres pelo ranking mundial, já que está em 38º, o segundo melhor das Américas. João Souza está bem, a 12 pontos dessa vaga. Para o restante, acho que as chances ficam concentradas pelo pré olímpico continental.
Por equipes, nenhum time brasileiro tem chances reais de classificação para Londres, a não ser o florete masculino(leia mais acima). A espada feminina fechou o ano em 22º do ranking, o florete feminino em 20º e o sabre feminino em 24º. O sabre masculino em 25º e a espada em 20º

BASE
O grande resultado dos atletas jovens do Brasil veio com Amanda Simeao,no Campeonato Mundial cadete, na oitava posição entre mais de 100 atletas na categoria espada feminina.
Um grande resultado para a atleta brasileira de apenas 16 anos. Ela venceu cinco de seus seis jogos na primeira fase e passou para os play-offs com uma excelente classificação. Na fase eliminatória direta, ganhou três combates e só caiu diante da chinesa Sheng Lin, por 15 a 7, nas quartas-de-final. No Pan da categoria, ela ganhou a medalha de ouro, em competição disputada na Venezuela. No mundial adulto, ela foi eliminado no quadro de 64, depois de passar da primeira fase.

RUMO A LONDRES
O ranking mundial fechado em maio dará vaga olímpica aos dois melhores atletas das Américas em cada categoria.
Em abril ou maio de 2012 acontecem os pré-olímpicos continentais que valem vaga para as competições individuais na Olimpíada. Nessas competições, os atletas classificados pelo ranking mundial não disputam, o que dá mais chances para os brasileiros.Nesses classificatórios, são dadas duas vagas para as provas de espada masculina e sabre feminino e uma vaga para as demais classes.

O QUE ESPERAR DE LONDRES
O que se espera é que o Brasil leve ao menos dois atletas, assim como em Pequim, e coloque um deles entre os 16 melhores, algo que não acontece há tempos.

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